Sob a orientação do(s) professor(es): Marienne do Rocio de Mello Maron da Costa
Resumo do trabalho
A argamassa autonivelante é um compósito cimentício de propriedades singulares,
apresentando elevada fluidez associada à alta resistência à segregação – permitindo
que tal composto se auto nivele somente por sua própria capacidade de fluxo. Assim,
esse material confere uma alta produtividade, aliada a um excelente controle de
qualidade. Portanto, apesar de ainda não ser amplamente usada em nosso país,
pode-se dizer que ela possui uma considerável tendência de implementação no Brasil.
Não obstante, para conferir tais características é necessário associar diversas
propriedades a uma única formulação de argamassa, de modo a conciliar as distintas
características que influem entre si. Ademais, estabelecer os teores ideais de cada
material utilizado na mistura é uma tarefa árdua, sendo que alterações mínimas
podem acarretar em algumas manifestações patológicas e fenômenos indesejáveis,
tais como segregação, exsudação, fissuração, entre outros. Além disso, não existe –
atualmente – norma brasileira específica ao material tratado no presente projeto. Isto
posto, o presente trabalho buscou avaliar e caracterizar diferentes formulações de
argamassas autonivelantes, visando compreender o comportamento de tais
compósitos afim de – dessa forma – propor embasamento para uma futura
normalização, através da indicação de requisitos de desempenho. Para tal, foram
utilizados os insumos: CP V-ARI, areia natural de cava, fíler de quartzo, água, aditivos
SP e VMA. Tal análise procurou, por meio de diversos ensaios, avaliar o desempenho
das formulações desenvolvidas, previamente ajustada conforme critérios
estabelecidos, de tal forma que foi possível compreender a influência de diversas
variáveis sobre os parâmetros do compósito cimentício. Assim, observou-se que a
substituição parcial do cimento pela adição mineral inerte empregada trouxe
benefícios à mistura, reduzindo os valores de teor de ar incorporado, retração por
secagem (atingindo uma queda de 37,5% em relação à referência), resistência à
tração e resistência à compressão (conduzindo a valores desejáveis para contrapiso
residencial: próximos à 20 MPa). Outrossim, com a possibilidade de redução do
consumo de cimento é possível diminuir o impacto ambiental causado por tal insumo
– além de implicar em uma redução de custo para a mistura. Finalmente, pautandose na literatura e no que foi desenvolvido, sugeriram-se requisitos de desempenho
para argamassas autonivelantes, dos quais se elencam: consistência, densidade no
estado fresco, teor de ar incorporado, viscosidade, tempo de retenção de fluxo,
densidade aparente no estado endurecido, retração por secagem, resistência à tração
na flexão, resistência à compressão e módulo de elasticidade dinâmico.
Comentários adicionais:
Palavras-chave:
adição mineral., Argamassa autonivelante, e requisitos de desempenho
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